Na última Sessão Plenária, realizada no dia 7 de julho, durante a discussão de temas livres do Parlamento do MERCOSUL, os parlamentares Alfonso González Núñez e José Mayans convidaram o Plenário a avançar no processo de integração e terminar com as travas burocráticas dentro do MERCOSUL.
O parlamentar paraguaio Alfonso González Núñez expressou seu desejo de mudar a arquitetura do MERCOSUL, desenho que têm desde 26 de março de 1991. Para González Núñez, “se queremos avançar no processo de integração, se não construirmos uma maior institucionalidade dentro deste processo de integração, teremos mais retrocessos que avanços”, indicou.
Também instou que se deve incorporar ao MERCOSUL um Tribunal Supranacional e dotar de maiores competências ao Parlamento do MERCOSUL, para buscar uma maior dinâmica e institucionalidade dentro do processo integrador latino-americano. “Enquanto tenhamos este desenho lamentavelmente, teremos estas travas inconvenientes nas fronteiras, incompreensões e desacordos, (…) se deve insistir com persistência dentro de nossos parlamentos nacionais e executivos para redesenhar este MERCOSUL”, disse o parlamentar.
Remarcou a necessidade de que se realizem eleições, para que cada país escolha seus parlamentares, destacando que “é incomodo esta metodologia de trabalho dentro do Parlamento, de que o Paraguai seja o único que tenha escolhido seus parlamentares”, expressou González Núñez. “Queremos um MERCOSUL ampliado, (…) o Estado deve promover o desenvolvimento da cidadania e de todos seus membros em forma real”, afirmou González Núñez.
Posteriormente, o parlamentar argentino José Mayans expôs que o importante é o funcionamento do MERCOSUL, mas que“agora com a presença plena da Venezuela e com a presença da Bolívia e dos países que originalmente fundaram o MERCOSUL, estamos trabalhando juntos para fortalecer o processo de integração, (…) somos mais de 100 parlamentares que estamos presentes representando nossos povos, com um desejo profundo de integração, países democráticos, respeitosos das liberdades sociais e dos direitos sociais”.
E, continuou, assinalando que se devem buscar terminar com as burocracias que impedem que os povos trabalhem mancomunadamente, “sobretudo os fronteiriços, (…) nem falemos do tema do intercâmbio, que foi a ideia original do MERCOSUL, das produções de nossos países para facilitar o crescimento econômico, e como diz o Tratado de Assunção, com justiça social”.
Por último, expressou sua satisfação a respeito do funcionamento do PARLASUL e com os aportes que apresenta cada delegação de parlamentares, em prol de fortalecer o processo de integração.
Agência PARLASUL/ma-pb-as